A medida é protetiva e permitirá uma ação mais rápida em casos de detecção da gripe aviária
Para agilizar o atendimento nos casos notificados de suspeita de influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) e ter acesso facilitado a recursos no combate à doença, o Governo do Paraná decretou nesta terça-feira (25) estado de emergência zoosanitária no Estado pelo prazo de 180 dias. A medida teve aprovação do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa) e tem como objetivo alinhar as ações com o Ministério da Agricultura e Pecuária.
Em maio, o Ministério da Agricultura já havia adotado essa providência e orientou que os estados assinassem decretos semelhantes para garantir agilidade nos processos, disponibilidade imediata de recursos, caso necessário, e segurança para os importadores do frango brasileiro e para os consumidores. Até o momento, Santa Catarina, Espírito Santo, Bahia, Mato Grosso do Sul e Tocantins também já adotaram decretos semelhantes.
O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, destacou que a medida é protetiva e permitirá uma ação mais rápida em casos de detecção da gripe aviária, eliminando barreiras burocráticas. Além disso, o decreto possibilitará um acesso mais imediato a recursos para manter o controle da doença no estado.
Até o momento, o Paraná registrou apenas sete casos da doença em aves silvestres migratórias, o que está dentro do esperado, considerando a migração natural de pássaros entre os continentes em busca de alimentação e reprodução. A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) já declarou que todos os focos foram encerrados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. O objetivo principal é evitar que a doença atinja granjas comerciais.
O setor avícola é de grande importância econômica para o estado, com mais de 19 mil granjas produtoras de frango de corte, recria e ovos, gerando um Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 45 bilhões em 2022. No ano de 2023, até junho, o estado exportou mais de 1 milhão de toneladas de carne de frango para mais de 130 países e empregou quase 100 mil pessoas em frigoríficos que abatem e processam frangos.
A influenza aviária é uma doença com distribuição global e ciclos pandêmicos ao longo dos anos, com sérias consequências para o comércio internacional de produtos avícolas. A detecção de casos em aves silvestres em território brasileiro não afetou a condição do país como livre da doença para fins de comércio.
Desde a primeira notificação de gripe aviária no Paraná, a Adapar realizou quase 800 fiscalizações na região litorânea, onde foram registrados os sete focos em aves silvestres migratórias. Cerca de 20 mil aves de subsistência foram examinadas clinicamente e consideradas saudáveis. Não foram encontradas granjas comerciais ou de reprodução nessa região.
Fonte: ADAPAR
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